segunda-feira, 6 de agosto de 2012

The Roots

 

Gostando tanto de música como eu gosto, é natural que adore ir a concertos! A sensação que tenho depois de assistir a um bom concerto é de que levei uma injeção de felicidade e boas energias, cujo o efeito persiste nos dias seguintes, deixando no fim uma pequena marca que me recordará para sempre aquele concerto.

Normalmente, faço de tudo para conseguir assistir aos concertos dos artistas que admiro e dos quais gostaria de ver a sua performance em palco. Já percorri longas distâncias e também já fui a concertos sozinha. Infelizmente e com muita pena minha, não pude ir ao concerto dos The Roots no Festival do Sudoeste, no passado Sábado… Ainda assim e mesmo sem o Report do concerto para vos dar, decidi escrever um post sobre esta banda, dar-vos a conhecer um bocadinho do seu percurso e dos seus variados trabalhos.

E quem não conhece esta música?



Os The Roots são uma banda de Hip Hop Americana que surgiu em 1987, em Filadélfia (EUA). Os seus fundadores e também mais carismáticos membros da banda são Tariq Trotter, o MC mais conhecido como Black Thought e Ahmir Thompson, o famoso baterista mais conhecido como Questlove e que para além de músico é também dj, produtor e jornalista musical. 

Os The Roots já levam na bagagem 12 álbuns editados (2 dos quais em colaboração com outros artistas), 2 EPs e performances com os mais diversos músicos que vão desde Erykah Badu, D’Angelo, Jill Scott, Common, Bon Iver e Beyoncé, entre outros.




Desde 2009 que os The Roots são também a banda residente do programa televisivo - Late Night with Jimmy Fallon. Este é apenas mais um factor que, aliado aos vários trabalhos e colaborações realizados pelos The Roots, fez com a influência desta banda Norte-Americana crescesse de ano para ano sendo que, hoje em dia são poucos aqueles que não gostariam de actuar com os The Roots… até mesmo, o próprio presidente dos EUA - Barack Obama.



 
A música dos The Roots é essencialmente Hip Hop mas conta também com influências variadas como o Soul, R&B, Jazz, Funk e até mesmo o Gospel. Dos seus trabalhos, prefiro falar-vos dos mais recentes pois são também, aqueles que conheço melhor :)
 
Assim sendo, começamos com o seu nono álbum “How I got over”, lançado em 2010. Este álbum apresenta um conteúdo bastante consciente da situação político-social que se vivia nos EUA na altura em que o presidente Bush passava a presidência do país para o actual presidente Barack Obama. Um álbum que transmite uma mensagem de força, para ultrapassar as dificuldades pelas quais o povo está a passar e essencialmente, de esperança. 
Aqui ficam alguns dos seus temas...


How I got over
 
“…Out on the streets
Where I grew up (How I got over)
First thing they teach us:

Not to give a fuck. (How I got over)
That type of thinking can’t get you nowhere (How I got over)
Someone has to care…”


Dear God 2.0

“…Dear God, I'm trying hard to reach you
Dear God, I see your face in all I do
Sometimes, it's so hard to believe it...
But God, I know you have your reasons…”


The Fire 

“…There's something in your heart
and it's in your eyes
It's the fire, inside you
Let it burn
You don't say good luck
You say don't give up
It's the fire, inside you
Let it burn…”

Como podem ver, os The Roots são activistas e utilizam a sua música como forma de intervir, protestar e consciencializar a sociedade em que estão inseridos, por forma a lutarem por melhores condições de vida.

Continuamos o seu percurso e chegamos ao álbum “Wake Up!”, lançado também em 2010 e com a colaboração do músico John Legend, que juntamente com Questlove produziu este álbum.

Gosto muito deste trabalho pois o mesmo consiste num conjunto de novas versões de músicas Soul editadas nos anos 60 e 70, a maior parte delas pouco conhecidas mas com uma forte componente de consciencialização social e envolvimento político que se vivia na época. Os The Roots dão assim seguimento ao seu anterior trabalho, pretendendo transmitir a mesma mensagem de luta e esperança. 

Para além de John Legend, “Wake Up!” conta com a colaboração de outros músicos como Melanie Fiona ou Common, que podemos ouvir no primeiro single que dá nome ao álbum.


Destaco também a primeira música do álbum - “Hard times”, escrita pelo Mestre Curtis Mayfield.


E a maravilhosa “I can't write left handed” de Bill Withers. Prestem atenção a este vídeo pois John Legend explica-nos a essência desta música.


Por fim, deixo-vos um medley do último trabalho editado pelos The Roots em 2011 - “Undun”. Este álbum conta-nos uma história de vida, de sobrevivência e de como por  vezes, a vida força-nos a seguir o caminho errado.   


E seguem os The Roots que, tal como nós, procuram um mundo melhor.


2 comentários:

  1. Lu, (para n variar), adorei este post.
    Já n visitava o blog há imenso tempo, apenas por questoes tecnicas,lol, mas precisava mesmo de cá vir..a minha alma estava mesmo a precisar..e depois de tanta austeridade e tanta revolta que estou a sentir à minha volta e interiormente, o post dos the roots veio mesmo a calhar!!!:D já gostava da banda e amo a the seed, mas foi excelente saber que s musicos tao ativistas (da melhor forma que sabem, expressando-se através da musica) e politicamente/socialmente tao conscientes...
    Just what I needed!
    Obrigada!

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    1. Fico mesmo feliz por saber isso! :)
      E sim... a música deles está em sintonia com a realidade que vivemos hoje, infelizmente, não poderia ser mais actual...
      Enfim, ao menos temos a Música para nos alegrar a alma!! ;)

      De nada!!

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