sexta-feira, 8 de março de 2013

Aretha Franklin



É claro que o meu post esta semana seria sobre uma mulher cheia de 'alma' para nos dar!

Na semana em que celebramos o dia da mulher, achei mais do que justo dedicar um post a nós, mulheres!
Bem sei que a maioria das pessoas nem liga a este dia e, até argumenta: “o dia da mulher são todos os dias!” ou “se o homem não tem um dia porque é que a mulher tem que ter?!”. Pois é, até parece discriminação... mas a verdade é que se a mulher hoje em dia tem os mesmos direitos que o homem, houve tempos em que assim não foi. Aliás, são muitos os sítios neste mundo onde, actualmente, isso ainda não acontece… mas pronto, nem vou entrar por aí.

Isto para dizer que, sim, temos os mesmos direitos mas, tivemos que lutar para consegui-los! Foram séculos de repressão, nos quais a mulher foi considerada como um ser inferior ao homem. Assim sendo, encaro este dia não como uma forma de discriminação, mas sim, como um dia para nos valorizarmos (ainda mais) e homenagearmos as lutas que as nossas antepassadas tiveram que travar, para que hoje possamos gozar dos nossos direitos, livremente.

Como tal, soul sistas, este post é para vocês!  



Ok, impossível para qualquer mulher ouvir esta música e não se arrepiar um bocadinho… (vá, confessem, ela mexeu convosco, nem que seja só por um bocadinho!!). É que esta música é, exactamente, aquilo que qualquer mulher deseja: alguém (ou algo) que nos faça sentir como uma mulher natural, uma mulher na sua mais verdadeira essência. Alguém que nos desarme, nos arrebate e nos conquiste de uma forma profunda… que nos faça sentir bem connosco próprias, que nos faça sentir mulher na forma mais genuína, mais pura e mais intensa que possa existir.

Aretha Franklin conseguiu, de facto, arrebatar-nos com esta canção! 

Este tema tornar-se-ia num dos seus maiores hits e faz parte do seu álbum de 1967 - “Lady Soul”. Foi igualmente com com este nome, bem como, “Queen of Soul”, que esta cantora de Memphis (E.U.A.) foi apelidada. Sem dúvida que, seja pela sua voz, pelas suas canções ou por toda uma vida dedicada à música, Aretha Franklin é, indiscutivelmente, a rainha da soul!



“Chain of Fools” é o tema que abre maravilhosamente este álbum e que eu adoro por ser tão funky! A guitarra, os coros e a garra na voz da Aretha Franklin dão-nos uma música, simplesmente, sublime!

São mais as músicas sublimes que podemos encontrar neste álbum. Temos um cover de Mr. Curtis Mayfield com o tema “People Get Ready” (que sabe sempre bem ouvir!), temos novamente a energia explosiva de Aretha com o tema “Since You've Been Gone”, e temos mais uma balada com a qual Aretha (once again) tão bem nos sabe conquistar – “Ain’t No Way” - É incrível a capacidade que ela tem de transmitir-nos tanto sentimento com apenas a sua voz. Fechando os olhos, quase que dá para imaginar as expressões da sua cara ao cantá-la.





Aretha começou a cantar, tal como a maioria das cantoras Soul, no coro da Igreja da qual o seu pai era Reverendo. Na década de 50 é descoberta pela editora Columbia e lança os seus primeiros álbuns. Contudo, existem 2 fases que devemos considerar na vida desta cantora: a fase Columbia e a fase Atlantic.
E isto é a prova de que uma editora pode, efectivamente, influenciar o rumo na carreira de um artista!
Enquanto cantora da editora Columbia, Aretha teve um início de carreira meio perdido, no qual a orientação pretendida era a de torná-la numa cantora pop, com carácter comercial e de entertainer. É compreensível que, desta forma, os seus trabalhos não atingissem grande sucesso.

O nascimento de Aretha como “Queen of Soul” surge no final da década de 60, após esta trocar a editora Columbia pela Atlantic e lançar o seu primeiro álbum de pura soul music - "I Never Loved a Man the Way I Love You” (1967).

Só para começar, temos esta música:




Cover do nosso querido Otis Redding foi, efectivamente, na voz de Aretha Franklin que esta música ganhou mais ‘respeito’. 

Este é talvez o seu álbum mais aclamado. Eleito pela revista Rolling Stone como um dos 500 melhores discos de sempre. É uma obra-prima do início até ao fim, o que torna difícil para mim não falar de todas e cada uma das suas músicas. 

Além de “Respect”, conta com outros covers particularmente bem interpretados no registo inconfundível desta senhora. É o caso de “Drown in My Own Tears” (Ray Charles) ou “Good Times” e “A Change Is Gonna Come” (Sam Cooke). 

“I Never Loved a Man (The Way I Loved You)” é puro blues… transmite-nos mágoa, angústia e revolta. Uma Aretha forte, à medida desta música.




Não me perguntem porquê, mas a música que se segue é a minha preferida desta cantora. Nem é das suas músicas mais conhecidas ou "elaboradas". É uma música simples, contudo, são precisamente as músicas simples que, por vezes, me conquistam. Adoro a sua melodia e a forma doce e apaixonada na qual Aretha a interpreta.
Baby, Baby, Baby, Baby, Baby… apetece-me repeti-lo vezes sem conta.




E como não nos bastou o blues de “I Never Loved a Man (The Way I Loved You)”, aqui temos a quente “Dr. Feelgood”. Ela diz que não precisa de comprimidos ou de um médico, mas a verdade é que esta música é pura febre!!! SOUL, SOUL, SOUL! Damn, this woman got SOUL!!



Outra das minhas baladas preferidas (são tantas!) é esta bonita “Do Right Woman, Do Right Man” na qual uma mulher, fala para um homem, a forma em como este deve amá-la, respeitá-la e prestar-lhe fidelidade.  
Take me to heart and I'll always love you / And nobody can make me do wrong / Take me for granted leaving love unsure / Makes willpower weak and temptation strong / A woman's only human / You should understand / She's not just a plaything / She's flesh and blood just like her man / If you wanna do right all days, woman / You've gotta be a do right all night, man.                 



Partimos para outro álbum – “Aretha Now” (1968)! Aqui encontramos mais dois temas de peso na carreira desta cantora: 
“Think” – esta Lady Soul não é para brincadeiras e, no seu jeito destemido, continua a impor respeito;
“ I Say a Little Prayer” – Ok, quem não conhece esta música??? Quem nunca cantou isto?? Tsc, tsc.. como é possível?!  Pois então aproveitem agora para fazê-lo! Vão ver como sabe bem 
cantar esta música! Como ela nos enche a alma de alegria e de boa disposição!!
Eu dou uma ajudinha: Forever, and ever, you'll stay in my heart and I will love you / Forever, and ever, we never will part / Oh, how I love you / Together, forever, that's how it must be / To live without you / Would only meen heartbreak for me. 






E com este, acabaram-se os álbuns por destacar! Contudo, o rol de músicas que eu adoro e venero desta cantora ainda não acabou! Vou colhendo-as umas aqui, outras ali, pela década de 70 a fora, e aos poucos vou fazendo o meu próprio best of de Aretha Franklin. 

Ora, deste best of, além dos temas já apresentados, fazem parte: "The House That Jack Built", "Share Your Love with Me", "Eleanor Rigby", "Call Me", "Don't Play That Song (You Lied)", "Day Dreaming" e "Angel"… e fico-me por aqui, para não dizerem que sou chata. ;)




 

 
Num dia dedicado às mulheres, espero que esta Lady Soul vos tenha apaixonado tanto como a mim.

Em jeito de despedida, apetece-me apenas dizer-vos que adoro ser mulher.
Adoro a nossa força e, ao mesmo tempo, sensibilidade.
A nossa coragem e a nossa vulnerabilidade.
Adoro a nossa beleza, a nossa personalidade, a nossa… complexidade (um mistério tanto para eles, como para nós!).
Adoro cultivar-me, mimar-me, sentir-me feminina, forte, independente, inteligente, sexy, tímida, atrevida, doce e, até por vezes, com mau-feitio!

Por tudo isto, um grande bem-haja a todas as mulheres lindas e lutadoras deste mundo! 

Keep On Groovin’ ladies!




2 comentários:

  1. A Aretha é sem duvida um marco enquanto mulher e artista!!! Belo post muito bem escolhida ;)
    beijinhos
    sonia

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