Bem… como começar este post de modo a vocês perceberem o quanto eu AMO este cantor…?
Quando a ideia de criar este blog apenas pairava na minha
mente, José James foi um dos nomes
que me surgiu de imediato na cabeça! Desde então, tenho andado a adiar escrever
sobre ele, pois tinha que fazê-lo num dia em que sentisse a inspiração certa
para tal… hoje liguei o computador e pensei - é dia de escrever sobre José
James!
Este cantor foi-me apresentado por uns amigos, há já alguns bons meses atrás, através de um
pequeno “ritual” que fazemos semanalmente e que consiste em partilhar músicas
entre nós (novas ou antigas), como sendo a “Sugestão da Semana” (bendita
ideia!!). A partir do primeiro instante em que ouvi José James sabia
que seria um amor para a vida… hipnotizou-me desde a primeira nota! E porquê?
Por tudo. Pela sua voz terrivelmente suave e sedutora… pela mistura inebriante
que consegue fazer entre o Jazz, o Hip Hop e o Soul… pelo seu talento indiscutível enquanto compositor… por tudo!
Enfim, José James é... Blackmagic.
No Beginning No End
sums up how I feel about music right now”… “I don’t want to be confined to any
particular style. I decided I didn’t want to be considered a jazz singer anymore
and that was really freeing. Once I realized that jazz singing is just
something that I do and it’s just a label, it freed me as an artist to just
write without any boundaries.
Curioso, é exactamente dessa forma que eu também o vejo - um
artista sem quaisquer fronteiras nos estilos musicais pelos quais passa! Assim fala José James acerca da sua versatilidade e do seu próximo álbum “No Beginning No End”, o qual eu estou ansiosamente
a aguardar!!!
Este álbum conta com colaborações preciosas como é o caso do pianista/compositor Robert Glasper e das cantoras Emily King e Hindi Zahra. Mas enquanto o mesmo não chega, dou-vos a conhecer a música de José James através dos seus três álbuns editados: “The Dreamer” (2008), “Blackmagic” (2010) e “For All We Know” (2010).
Este álbum conta com colaborações preciosas como é o caso do pianista/compositor Robert Glasper e das cantoras Emily King e Hindi Zahra. Mas enquanto o mesmo não chega, dou-vos a conhecer a música de José James através dos seus três álbuns editados: “The Dreamer” (2008), “Blackmagic” (2010) e “For All We Know” (2010).
Este jovem cantor e compositor Americano vive em
Brooklyn (Nova York) mas tem descendência de pai saxofonista do Panamá e mãe
Irlandesa. A sua influência na música começou pelo Hip Hop, aos sons de De La Soul e A Tribe Called Quest, mas foi no Jazz que James apercebeu-se da sua
verdadeira essência, após matricular-se na New School for Jazz and Contemporary
Music (NY).
O seu debut álbum “The
Dreamer” reflecte claramente o seu à vontade neste estilo e como a sua voz
suave, quente e romântica adequa-se organicamente às melodias Jazz. Este
trabalho foi considerado pela JazzTimes como um dos "21 Best Jazz Albums
of 2008" e José James surgiu como uma estrela emergente no mundo do modern Jazz. As comparações com o cantor Terry Callier e a voz conscienciosa de Gil-Scott Heron foram muitas. Todavia, James possui uma identidade
única, com uma personalidade tão variada e complexa que tanto lhe permite estar em
palco a desempenhar uma performance de Jazz clássico, como em estúdio
desenvolvendo e adaptando sonoridades electrónicas às suas músicas, realizando
ambos papeis com o maior brilhantismo.
Neste trabalho, produzido pelo famoso DJ Gilles Peterson, James faz-se
acompanhar essencialmente por um piano, um contrabaixo e uma bateria. Seleccionei
4 temas que falam por si… apenas deixem-se deliciar com a voz de José James… De
referir que, “Park Bench People” é um
cover magnífico dos L.A. hip hoppers Freestyle
Fellowship e “Desire”… “Desire” é
simplesmente maravilhosa.
Blackeyed Susan
Winterwind
Park Bench People
Desire
She appeared in the distance
like a prayer I had uttered once
she appeared in my life
like a dream only half remembered
she entered my heart
stayed awhile
she entered my heart
stayed awhile
made me to smile
then gone
gone from my life / yeah
her love was like a burning
flame of desire / desire…
Com o seu segundo trabalho “Blackmagic”, também produzido por Gilles Peterson, James manteve a
sua essência Jazz mas misturou-a desta vez com new flavors… falo de Hip Hop,
Soul e um toque de electrónica a cargo do grande produtor Flying Lotus. Para quem desconhece, Flying Lotus é também sobrinho-neto do
ainda maior saxofonista John Coltrane.
Desta forma, encontramos os beats de Flying Lotus na já apresentada “Blackmagic”, uma música que me envolve e seduz por
completo, e também em “Code”, o tema
que abre o álbum.
Outros dois temas que nos fazem voar são os refrescantes “Promise In Love” e “Save Your Love For Me”. Este último um cover da cantora Nancy
Wilson, completamente modernizado de uma forma sublime.
Para além de Flying Lotus, José James contou também com a colaboração de
mais dois produtores de peso na elaboração do seu álbum. Falo de Taylor McFerrin e Moodymann, a quem se deve a produção do tema “Detroit Loveletter”- uma música que nos remete para o Soul do passado,
dos anos 70s… temos Roy Ayers flavor aqui…
E por fim, um dos meus temas preferidos de José James… este
intoxicante dueto com Jordana De Lovely. Intenso não chega para definir o poder
desta música, que vai crescendo a cada batida, a cada nota… como uma
respiração, como um preliminar… estará para sempre na minha playlist… “Love Conversation”.
O seu último álbum “For
All We Know” é um trabalho conjunto com o pianista Jef Neve. Um álbum composto apenas por temas clássicos de Jazz,
interpretados de uma forma extremamente delicada por parte de José James, como
é o caso deste “When I Fall In Love”, original de Nat King Cole.
Para terminar este post, gostava apenas de partilhar
convosco o meu pequeno episódio com José James.
Em Novembro do ano passado soube que José James viria a
Portugal como convidado especial de McCoy Tyner Trio,
que faria parte do cartaz do Guimarães Jazz 2011. Para quem desconhece, McCoy Tyner
é um pianista considerado uma lenda viva do Jazz, sendo o único elemento vivo da
banda de John Coltrane (John Coltrane Quartet). Pois bem, assim que soube de
tal facto, comecei imediatamente a articular uma forma de poder assistir a este
concerto! Chegado o dia, tudo preparado, apanhei em mim e no meu carro e segui
rumo a Guimarães.
O concerto foi uma delícia! Tive a sorte de ficar na primeira fila e assistir à mestria de um senhor de 73 anos ensinando a todos como se toca Jazz em palco! Só de imaginar os sítios onde ele já tocou, para quem tocou e as lendas que já conheceu… enfim, mítico. José James, o motivo principal da minha ida, abrilhantou ainda mais a noite com a sua presença elegante e serena e a sua voz maravilhosa. Embora não tenha sido um concerto no qual assisti a José James na sua essência, interpretando a sua música, todo o concerto no seu conjunto foi extremamente agradável.
O concerto foi uma delícia! Tive a sorte de ficar na primeira fila e assistir à mestria de um senhor de 73 anos ensinando a todos como se toca Jazz em palco! Só de imaginar os sítios onde ele já tocou, para quem tocou e as lendas que já conheceu… enfim, mítico. José James, o motivo principal da minha ida, abrilhantou ainda mais a noite com a sua presença elegante e serena e a sua voz maravilhosa. Embora não tenha sido um concerto no qual assisti a José James na sua essência, interpretando a sua música, todo o concerto no seu conjunto foi extremamente agradável.
No final do concerto, aguardei juntamente com a minha amiga que me
acompanhava na esperança de proporcionar-se alguma sessão de autógrafos.
Contudo, esta espera foi em vão e passados alguns minutos acabámos por desistir
e sair do recinto. Estávamos já na rua, paradas a discutir sobre o concerto
quando reparo ao longe em dois músicos (que eu pressupus pelo facto de um deles
carregar a mala de um instrumento) a caminharem na nossa direção. Apenas disse
para a minha amiga “Não te mexas”… Ficámos estáticas a aguardar, quando vejo
passar por mim José James e o contrabaixista (Gerald Cannon). Não tive outra hipótese
senão interpelá-los! Sem saber muito bem como, pedi-lhes um autógrafo e
ainda ficámos escassos minutos a falar os quatro sobre o concerto. No final
(algo que eu nunca irei esquecer na minha vidinha), José James olha para mim,
estende-me a mão e diz-me “Pleased to meet you”… ao que eu só consegui responder
“The pleasure is all mine, believe me…” e com isto, risos. Após este belo
momento, começaram a aproximar-se mais pessoas pelo que eu e a minha amiga decidimos
afastar-nos, ainda assim, completamente radiantes! :)
Calculo que ele já não se lembre de mim (lol). Todavia, espero
voltar a reencontrar José James brevemente e poder assistir à sua performance
em palco, desta vez mostrando toda a sua música e todo o seu talento enquanto o
artista único que é… quem sabe até, como este avanço do seu próximo álbum, o
single “Trouble".
José James is indeed, a sweet troubleman in my life.
José James is indeed, a sweet troubleman in my life.
Lol...Ao ler "a tua versao" do episodio com jose james só me posso rir..pq me lembro perfeitamente de vários pormenores (e já sabes como sou esquecida, o que acaba por ser ainda mais interessante)..apenas tenho de corrigir que nao ficámos apenas "uns minutos" à espera da uma eventual sessao de autografos...ainda aguardámos um bocaado, mas valeu TAO a pena!:) quando vimos os musicos na nossa direçao, ficámos como estátuas autênticas após o teu "N-A-O TE ME-CHAS!"Lol...realmente o que posso acrescentar sobre José James...foi um concerto que apesar denao ser dele propriamente pq se bem me recordo atuava como convidado n era?! foi excelente! a voz dele é super quente e sensual, tinha um à vontade em palco e transbordava simpatia, harmonia, eu sei lá! e foi mesmo muito acessivel quando pediste o autógrafo! pode regressar! lá estarei para te acompanhar!!! no concerto e em busca de um novo autógrafo!!!:)
ResponderEliminarLolol! Good times, sem dúvida!! Que bom que também gostaste e que bom contar contigo para o próximo!! :) De certeza que ele ainda se lembra de nós... eheh :P
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