segunda-feira, 31 de março de 2014

Beyoncé @Meo Arena - 27.03.2014



Sempre gostei de Beyoncé.

Cresci ouvindo Destiny's Child que, no final dos anos 90, faziam as delícias de qualquer adolescente com os temas "No, No, No", "Say My Name" ou "Bootylicious". 

Mais tarde, continuei a acompanhá-la a solo mas, confesso, sem prestar grande atenção. Melhor dizendo, sem prestar a atenção que ela me desperta agora. Adoro a "Me, Myself and I" do seu primeiro álbum, dancei e ainda danço ao som de "Crazy in Love" ou "Single Ladies", mas só a partir do seu penúltimo álbum, "4", lançado em 2011, é que me apercebi de que Beyoncé não era apenas uma cara bonita do R&B com alguns singles de sucesso, mas uma verdadeira artista em ascenção!

A voz sempre foi, inegavelmente, o seu melhor atributo que, aliado à dança e à sua carismática presença em palco, fazem dela uma cantora completa. Contudo, a música só me conquistou totalmente neste seu álbum repleto de influências. No mesmo sentimos Prince em "1+1" e Whitney Houston em "Love on Top". No tema "Party" encontramos as sonoridades quentes do soul e do funk que se faziam na década de 80 e em "Countdown" fundem-se o reggae e o hip hop dos 90. Para culminar, "Run the World (Girls)" tem um afrobeat viciante e poderoso o suficiente para afirmar, conceptualmente, aquilo que a artista já em trabalhos anteriores tinha vindo a proclamar e que, daí para a frente, seria o seu grito de guerra: a emancipação da mulher.



E foi precisamente com essa canção que a diva abriu o concerto. A impetuosidade da artista é admirável. Com um domínio total da sua voz e do seu corpo a artista faz o que quer dela e do público, assim que pisa o palco. Deste álbum e ainda com o feminismo como bandeira, passamos para o seu último trabalho, o homónimo, "Beyoncé". Se com "4" a artista subiu pontos na minha consideração, com este disco ela arrebatou-me por completo! 
É engraçado que no dia do concerto olhei para o bilhete e na respectiva factura vi, por curiosidade, a data em que o tinha comprado. Estava assinalado 16.12.2013, dias antes do seu último álbum sair... nessa altura a minha vontade de assistir ao concerto já era tanta, mal eu sabia o que ainda estava por vir...

Caiu como uma bomba este novo álbum da artista que foi anunciado, literalmente, da noite para o dia. Com a mesma rapidez com que a notícia se espalhou, também a minha sede em ouvi-lo era muita!
A primeira vez que o ouvi senti que era denso! Ao contrário dos restantes trabalhos, este álbum era mais rebuscado, não tinha temas fáceis e exigia algum trabalho e atenção apreciá-lo como era devido. O conceito de "visual album" (14 temas e 17 vídeos) torno-o ainda mais original, diferente e ousado! A composição tanto das músicas como dos vídeos mais requintada, não se rodeasse a artista cada vez mais dos melhores (Pharrell, Justin, Timbaland, Kanye). A sua imagem mais sensual, sofisticada e arrojada! Em suma, as vezes seguintes que ouvi este álbum provocou em mim o mesmo efeito que sinto ao ouvir a cantora no decorrer dos anos: um prazer exponencial.



A segunda música da noite foi então "***Flawless", uma das minhas preferidas e das que mais apela à base de todo o álbum: o feminismo. Não estivessem no palco apenas mulheres (à excepção dos seus inseparáveis bailarinos "Les Twins"), o objectivo da cantora é precisamente defender a sua sexualidade enquanto mulher, mãe e profissional e valorizar-se por isso.
Tal como acontece na música, também parte do discurso da escritora Chimamanda NgoziAdichie sobre a igualdade dos sexos foi referido no concerto, durante uma das várias e criticadas mudanças de roupa da cantora. A mim, sinceramente, não me fizeram confusão nenhuma, pois gostei de todos os interludes e não os achei longos.

Seguiu-se o swag de "Yoncé" para depois passarmos a temas mais antigos ("Get Me Bodied", "Baby Boy", "Diva") e a sensualidade aumentou, roçando por vezes o erotismo, com "Naughty Girl", "Blow" e "Partition", na qual Queen B. presenteou-nos com uma sensual performance no divã. Impressionante o jogo de sons e luzes que compõem este espectáculo. 

Depois de "Haunted", o momento alto da noite: "Drunk in Love". Testemunhas tenho de que passei o dia no trabalho a dizer que Jay-Z cantaria com ela nessa noite! Fico tão feliz quando os meus feelings não me desiludem! Os gritos que já se ouviam desde o início do espectáculo tornaram-se ainda mais ensurdecedores com a subida de Mr. Carter ao palco. A multidão enlouquecida não queria acreditar mas eu, no fundo, já sabia... ;)


    
Continuamos acelerados com "Why Don't You Love Me" para abrandarmos, desta vez, com um dos momentos tranquilos da noite e onde a artista aproveita para interagir com o público, na acústica "Irreplaceable". Canta-se e acena-se "to the left, to the left" no Meo Arena. Continuamos com ritmos doces, desta vez é "Love On Top" que nos põe a cantar e a erguer os braços bem alto. E a euforia instala-se novamente assim que soam os primeiros acordes de "Crazy in Love", seguida de "Single Ladies"! Um êxtase devidamente polvilhado com uma chuva de confetti cintilante! 

Entramos no último set da noite com a lembrança da mítica "I Will Always Love You" (versão mais conhecida por Whitney Houston) e tornamo-nos sentimentais em "Heaven" e em "XO", tema em que a cantora agradece todo o carinho que tem recebido ao longo desta longa tour prestes a terminar. Um momento no qual Beyoncé emociona-se e partilha confidências pessoais acerca do que exigiu esta grande jornada. Uma dedicação que merece todos os aplausos e gritos que, incansavelmente, agradeciam e enalteciam a cantora. Uma perfeita comunhão que culminou com "Halo" e, no final, ainda houve quem tivesse a sorte de lhe ter sido cantado os Parabéns pela anfitriã.



A juntar às restantes críticas que li, a minha também não poderia ser diferente - Beyoncé é a artista pop/r&b mais completa actualmente! É tremendo o poder da sua voz e da sua presença em palco. Adoro, mas adoro vê-la cantar e dançar! A forma em como interpreta as suas músicas na perfeição, sem desafinar uma nota, desempenhando em simultâneo coreografias magnificas. Como mulher, acho-a um exemplo: bonita, sensual, com estilo, audaciosa mas sem pretensiosismos, inteligente na escolha da sua música e na forma cuidada em como dirige sua imagem e o seu trabalho. Numa palavra: PODEROSA! 

Mrs. Carter, eu é que agradeço!




Alinhamento:

I Been On (interlude)
01. Run the World (Girls)
02. ***Flawless
03. Yoncé
04. Get Me Bodied
05. Baby Boy
06. Diva
07. Naughty Girl
08. Blow
09. Partition
Ghost (interlude)
10. Haunted
11. Drunk in Love
12. Why Don't You Love Me
13. Irreplaceable
14. Love On Top
Countdown (interlude)
15. Crazy in Love
16. Single Ladies (Put a Ring On It) 
I Was Here (interlude)
17. I Will Always Love You
18. Heaven
19. XO
20. Halo
21. Green Light/Suga Mama


       

domingo, 30 de março de 2014

Groove your Soul #27




Playlist Groove your Soul #27:

01. Mix Beyoncé - “Ego”, “Déjà Vu” (Ft. Jay-Z), “Diva”, “Crazy in Love” (Ft. Jay-Z), “Run the World (Girls)”

02. Beyoncé – “Drunk in Love” (Ft. Jay-Z)

03. Beyoncé – “Party” (Ft. André 3000 & Kanye West)

04. Raphael Saadiq – “Stone Rollin”

05. The World's Famous Supreme Team – “Hey DJ”

06. Mariah Carey- “Honey” (Ft. Masé, The Lox & Sean Puffy Combs) (Bad Boy Remix)

07. Beyoncé – “Love On Top”

08. Drake – “Hold On We’re Going Home (Ft. Majid Jordan)

09. Beard In Dust – “Highest Mountain”

10. Marvin Gaye – “After The Dance”

11. Esther Phillips – “Baby I'm For Real”

12. Curtis Mayfield – “Sweet Exorcist”

13. Snoop Dogg Ft. Bootsy Collins – “No Thang On Me”

14. Beyoncé – “***Flawless” (Ft. Chimamanda Ngozi Adiché)

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domingo, 23 de março de 2014

Groove your Soul #26


























Playlist Groove your Soul #26:

01. José James – “It’s All Over Your Body”

02. Moodymann – “Desire” (Ft. José James)

03. Moodymann – “Lyk U Used 2” (Ft. Andrés)

04. Kelela – “Bank Head”

05. Blood Orange – “You're Not Good Enough”

06. Freddie Gibbs & Madlib - “Robes” (Ft. Domo Genesis & Earl Sweatshirt)

07. Jill Scott vs Kool & The Gang – “Whatever” (AudioSavage's Summer Madness Remix)

08. Dwight Trible & The Life Force Trio – “Try Love”

09. Gil Scott-Heron & Brian Jackson – “The Bottle”

10. Minnie Riperton – “Reasons”

11. Roy Ayers – “Running Away”

12. Teddy Pendergrass – “When Somebody Loves You Back”

13. Speedometer feat. Ria Currie – “Am I your Woman”

14. Beyoncé – “Blow”

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sexta-feira, 14 de março de 2014

Groove your Soul #25





















Playlist Groove your Soul #25:

01. D'Angelo – “Brown Sugar” (Live at Jazz Cafe)

02. D'Angelo – “Shit, Damn, Motherfucker” (Live at Jazz Cafe)

03. Angie Stone – “Wish I Didn't Miss You”  

04. The O'Jays – “Back Stabbers”

05. Amerigo Gazaway - Yasiin Gaye – “The Panties” (Ft. Teddy Pendergrass)

06. Robert Glasper Experience – “Ah Yeah” (Ft. Musiq Soulchild e Chrisette Michele)

07. Pharrell Williams – “Gust of Wind”

08. Betty Wright – “Clean Up Woman”

09. Sharon Jones and the Dap-Kings – “You're Gonna Get It”

10. Otis Redding – “Try A Little Tenderness”

11. Jay-Z & Kanye West – “Otis”

12. Kanye West – “Heartless”

13. SBTRKT – “Wildfire” (remix ft. Drake)

14. Fiest – “Inside and Out”


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domingo, 9 de março de 2014

Groove your Soul #24




























Playlist Groove your Soul #24:

01. Amerigo Gazaway - Yasiin Gaye – “Inner City Travellin' Man”

02. Amerigo Gazaway - Yasiin Gaye – “Definition of Infinity” (Ft. Talib Kweli)

03. Erykah Badu – “Love of My Life” (Ft. Queen Latifah, Angie Stone and Bahamadia)

04. Beyoncé – “Me, Myself and I”

05. Daft Punk – “Lose Yourself to Dance”

06. Justin Timberlake – “Señorita”

07. Lil Wayne – “Tie My Hands” (Ft. Robin Thicke)

08. Camille Yarbrough – “Take Yo' Praise”

09. Dâm-Funk – “I Wanna Thank You (for Steppin Into My Life)”

10. Jungle – “Platoon”

11. Jessy Lanza – “Keep Moving”

12. Mayer Hawthorne – “No Strings” (RAC Remix)

13. Lenny Kravitz – “If You Can't Say No” (edit d'A Vitória Régia)

14. Prince – “How Come You Don't Call Me Anymore”

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domingo, 2 de março de 2014

Bandas Sonoras com Groove



Costumo dizer que algumas músicas fazem parte da banda sonora original da minha vida.

Tal como na vida real, também no cinema a banda sonora original (BSO) torna-se num ingrediente fundamental para que a formula funcione e o resultado seja perfeito. Algumas tornam-se imortais, tão ou mais mediáticas que o próprio filme, jingles e sons que automaticamente associamos a algum nome ou personagem, e outras podemos nem dar conta, mas têm a capacidade tremenda de, subtilmente, dar um brilho especial aos filmes. 

Sendo o cinema (tal como a música) uma das minhas artes preferidas, é natural que preste especial atenção às bandas sonoras que o abrilhantam. Como tal, aproveitando a cerimónia dos Óscares que decorre esta noite e o último Groove your Soul na Rádio Autónoma que foi igualmente dedicado a este tema, porque não escrever também um post sobre bandas sonoras com groove?


Este mítico começo do filme "Jackie Brown" (1997), de Quentin Tarantino, remete-nos para uma das eras do cinema onde as bandas sonoras tiveram mais 'groove' e um impacto directo na música soul - a Blaxploitation.

A Blaxploitation foi um movimento cinematográfico norte-americano que surgiu no início da década de 70, emergente como um subgénero da categoria chamada "Explotation films" – filmes com baixos orçamentos e pouco mérito artístico, obtendo algum sucesso explorando temas fáceis e sensacionalistas (sexo, violência, romance, um artista famoso), os chamados filmes de série B.

Os cenários destes filmes eram habitualmente os bairros pobres americanos (Ghettos, Harlem por exemplo) e as suas bandas sonoras eram caracterizadas pelo soul e o funk, com uma forte predominância dos baixos e das guitarras, mas mais complexas do que os sons que passavam nas rádios, não sendo uma música tão comercial por recorrer a instrumentos pouco característicos no estilo funk, como flautas e violinos.
  
Inicialmente dirigido para um público negro, os seus filmes e as suas músicas rapidamente ultrapassaram as barreiras raciais e tornaram-se apelativos para todos os públicos.

Algumas bandas sonoras e seus cantores ficaram associadas ao movimento da Blaxploitation como Bobby Womack e "Across 110th Street" (1972), Isaac Hayes e "Shaft" (1971), Willie Hutch e "Foxy Brown" (1974) (cuja protagonista, Pam Grier, é a mesma de "Jackie Brown"), Curtis Mayfild e "Superfly" (1972) e Marvin Gaye e "Trouble Man" (1972).




Hoje em dia já não se fazem bandas sonoras como estas mas existem alguns realizadores que continuam a inspirar-se na Blaxploitation como é o caso de Tarantino, o mais flagrante. E, falando nele, é impossível não referir "Pulp Fiction" (1994) e a sua inesquecível banda sonora! Desde Chuck Berry (o tema da mítica cena de dança entre John Travolta e Uma Thurman) a Kool & The Gang, é desta música que eu nunca me vou fartar...




"American Gangster" (2007), de Ridley Scott, é outro filme que eu adoro não só mas também pela sua magnifica BSO. Nomes como Bobby Womack, John Lee Hooker, The Staple Singers, Dave&Sam, Public Enemy ou Anthony Hamilton andam por lá. Sem esquecer do Common, que também participa, mas como actor. 




Mas há um filme pelo qual eu nutro um especial carinho e que desde cedo me marcou, mesmo antes de eu saber reconhecer o mérito da sua banda sonora... é girly, bem sei, mas não deixa de ser encantador, o clássico "Dirty Dancing" (1987).


 




Não só Otis Redding, mas também The Contours, Solomon Burke, The Ronettes e também o dueto entre Bill Medley e Jennifer Warnes (cujo tema "(I've Had) The Time of My Life" ganhou mais protagonismo), enfeitam esta BSO repleta da música que encantou, se ouviu e dançou naquelas décadas douradas. 

Ainda de referir os filmes biográficos: "Ray" (2004) - a vida e a música de Ray Charles retratada com a excelente interpretação de Jamie Foxx, valendo-lhe um óscar; e "Cadillac Records" (2008) - a história desta editora e suas estrelas (como Muddy Waters e Etta James), interpretada por um elenco e uma banda sonora de luxo ao ter nomes como Beyoncé, Mos Def, Nas, Raphael Saadiq e Jeffrey Wright. 





No que toca à actualidade, tenho por hábito acompanhar os nomeados aos Óscares e este ano tenho um especial interesse, pois já não me lembrava de uma edição com candidatos tão fortes com esta! "12 Years A Slave", "The Wolf", "Dallas Buyers Club", "Captain Phillips" ou "Her", são todos filmes que me encheram as medidas!
De realçar a BSO de "12 Years A Slave", muito inspirada no blues dos cânticos dos escravos que se entoavam na altura, e onde podemos encontrar todo um firmamento: John Legend, Gary Clark Jr., Alabama Shakes, Alicia Keys, Laura Mvula e Cody ChesnuTT.






"The Butler", embora não estando nomeado para os Óscares, foi um dos meus filmes preferidos de 2013! Além das boas interpretações, em especial a de Oprah Winfrey, que me surpreendeu, toda a temática do filme agradou-me bastante - os feitos históricos que marcaram décadas no país Estadunidense, muitos deles relacionados com o racismo que se vivia, os líderes que o combateram e a música que os acompanhou. Mas pronto, eu sou suspeita...
Para rematar, a sua BSO foi composta pelo português Rodrigo Leão, uma escolha pouco comum nos filmes Hollywoodescos, que mais valor acrescentado lhe trouxe! Na mesma podemos encontrar peças da autoria do Rodrigo e ainda Gladys Knight, Dinah Washington, James Brown e The O'jays, entre outros.




E pronto, esta BSO fica por aqui, mas outras virão!
Até lá, bons grooves e bons filmes! :)


sábado, 1 de março de 2014

Groove your Soul #23






















Playlist Groove your Soul #23: 

01. Bobby Womack – “Across 110th Street”
Across 110th Street (1972), Jackie Brown (1997), American Gangster (2007)

02. Isaac Hayes – “Shaft"
Shaft (1971)

03. Curtis Mayfield – “Superfly”
Superfly (1972)

04. Marvin Gaye – “Trouble Man”
Trouble Man (1972)

05. Nina Simone – “Sinnerman”
Thomas Crown Affair (1999)

06. Ray Charles – “(Night Time Is) The Right Time”
Ray (2004)

07. Al Green – “Let's Stay Together"
Pulp Fiction (1994)

08. Anthony Hamilton – “Do You Feel Me"
American Gangster (2007)

09. Laura Mvula – “Little Girl Blue”
12 Years A Slave (2013)

10. The O’Jays – “Family Reunion”
The Butler (2013)

11. The Supremes – “Stoned Love”
Forrest Gump (1994)

12. Elvis Costello – “She”
Notting Hill (1999)

13. Tim Maia – “No Caminho do Bem”
Cidade de Deus (2002)

14.  John Legend, Samuel L. Jackson e Bernie Mac – “I'm Your Puppet”
Soul Men (2008)

15. Lauryn Hill – “Can’t Take My Eyes Of You"
Conspiracy Theory (1997)

16. Aretha Franklin – “I Say A Little Prayer”
My Best Friend’s Wedding (1997)

17. Roy Orbison – “Pretty Woman”
Pretty Woman (1990) 


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